Com muitas das nossas atividades digitais a transitarem do computador para os dispositivos móveis, o assunto da segurança nos telemóveis é cada vez mais pertinente. Estas são algumas formas de proteger o seu smartphone.
Com os avanços tecnológicos, os telemóveis deixaram de ser simplesmente para enviar mensagens, guardar contactos e ver vídeos, e passaram a ser ferramentas de trabalho, criatividade, gestão das finanças pessoais e muito mais.
Por este motivo, a proteção do seu equipamento e dos seus dados pessoais não pode ser deixada ao acaso. Conheça algumas formas de começar a proteger o seu smartphone.
Como proteger o seu smartphone: 7 dicas
1 Usar um código de desbloqueio
Da mesma forma que quando algum dispositivo tecnológico não funciona a primeira opção é desligar e voltar a ligar, o primeiro passo para proteger o seu smartphone é usar um código (padrão ou PIN) para o desbloquear.
Ficaria surpreendido com a quantidade de pessoas que não cumprem este básico passo de segurança. Seja o telemóvel perdido, roubado ou até apenas deixado à mercê de alguém com más intenções, este está totalmente exposto e dará a qualquer pessoa que pegue nele acesso às suas mensagens, documentos e até a passwords, o que pode causar perdas morais e financeiras.
Há muitas formas de criar este bloqueio. O mais óbvio e universal é um código, existindo também muita gente que opta por um padrão. Este código, e principalmente o padrão, devem ser trocados com alguma frequência, para evitar que o padrão seja visível nas marcas de gordura do ecrã.
Ou, melhor ainda, opte por uma alternativa que quase todos os telemóveis já oferecem hoje em dia: o desbloqueio por dados biométricos. Seja por FaceID ou através da impressão digital, esta forma protege quase totalmente o seu telemóvel de acessos não desejados.
2 Proteger dados sensíveis
Para um uso normal, bloquear o smartphone é uma medida que já garante segurança. No entanto, se por qualquer motivo guarda muitos dos seus dados mais sensíveis no seu telemóvel — por motivos de trabalho, por exemplo —, algum indivíduo altamente motivado que tivesse acesso ao seu equipamento poderia remover fisicamente a unidade de armazenamento e aceder aos seus ficheiros. Poderia também conectar via USB ou remover o cartão SD e retirar os dados do mesmo.
Para evitar estas preocupações, aconselhamos a encriptação de pastas específicas, bloqueando o acesso às mesmas e às suas cópias. Os softwares capazes de criar esta encriptação podem também proteger o acesso a bancos e aplicações de compra que contenham os seus dados financeiros.
As recomendações atuais indicam também que deve guardar os dados num servidor da cloud, ao invés de guardá-lo no armazenamento interno. Isto impede que haja qualquer informação sensível no telemóvel e torna fácil a remoção dos dados sensíveis do servidor remotamente, em caso de necessidade.
3 Ter em atenção as redes de wi-fi
Cada vez existem mais redes Wi-Fi de acesso grátis disponíveis em espaços públicos. O facto de permitirem acesso sem restrições pode facilitar o acesso virtual de quem tenha más intenções no seu smartphone.
Deve desativar a opção de conectar-se automaticamente a redes quando disponíveis, já que isso pode causar com que se ligue a redes criadas por cibercriminosos apenas com o objetivo de tentar obter a sua informação.
O problema desta situação é a existência de redes que parecem legítimas e que podem até fazer-se passar por redes de uma marca conhecida e pedir a sua informação de cliente, incluindo password, para ter lhe dar acesso a Internet grátis. Ligue-se apenas em locais em que confia a 100%.
4 Desligar o Bluetooth
Apesar de ter um alcance bastante inferior ao wi-fi — um máximo de cerca de 10 metros sem obstáculos —, o Bluetooth pode ainda assim conter alguns riscos. Alguns hackers arranjaram forma de usar estas conexões para aceder ao seu smartphone e usar esse acesso para aceder aos seus dados pessoais, ouvir as suas chamadas telefónicas e utilizar a Internet.
A melhor forma de evitar que isto aconteça é desligar o Bluetooth sempre que dele não precisa ou colocá-lo em modo oculto por definição, tornando-o visível apenas quando precisar de se conectar a algum dispositivo.
Os locais mais perigosos para este tipo de ataque, devido ao baixo alcance deste tipo de conexões, são locais com muita gente, como transportes públicos, grandes eventos, bares, cafés e outros dentro do mesmo género.
5 Precaução nas aplicações que instala
Optar por instalar aplicações apenas das lojas oficiais de cada sistema operativo é uma precaução simples, mas necessária para proteger o seu smartphone. Sites para download de APKs (apps que não estão em lojas oficiais) podem ser apelativos, mas devem ser evitados ou usados com muitos cuidados e em casos muito específicos.
Tenha também cuidado com as permissões que dá às aplicações, revendo sempre que instala uma nova aplicação se as autorizações que esta lhe pede fazem sentido para a utilização para a qual foi pensada.
6 Cuidado com a prática de fazer root ao seu smartphone
Uma prática crescentemente popular entre utilizadores Android: fazer root ao telemóvel. Isto consiste em dar acesso de programador ao utilizador, fazendo com que este tenha acesso a ficheiros apenas de leitura e outras partes do sistema operativo que não foram desenhadas para sofrerem alterações.
A vantagem deste procedimento é permitir eliminar aplicações nativas que normalmente não seriam alteráveis, mudar o ecrã de início do telemóvel, fazer backup a todo o sistema, correr aplicações específicas, instalar interfaces personalizadas e versões alternativas do sistema operativo.
Normalmente este é um processo feito por utilizadores avançados, mas se alguém se oferecer para fazê-lo por si, deve estar ciente dos riscos.
A partir do momento em que estes ficheiros base do sistema operativo ficam abertos a edição, ficam também abertos a infeção por parte de malware, o que aumenta muito as potenciais consequências de uma potencial invasão ao seu telemóvel.
Não é isto uma recomendação para não fazer root ao seu telemóvel, mas sim para que tenha consciência de que tem os seus riscos.
7 Fazer backups
Utilize as ferramentas integradas no seu dispositivo, como a cópia de segurança no Google Drive, que lhe permitirá repor os seus dados caso este seja perdido ou roubado. Defina um calendário regular de cópias de segurança.
Isto pode ser ativado através da opção da sincronização disponível nativamente. Deve também fazer backup a outras aplicações, como o WhatsApp, que muitas vezes contêm informação importante e que se perde nestas situações.
Pense também em instalar um software de segurança, o qual proteja o seu smartphone de malware. Idealmente, este deverá permitir que localize o seu equipamento em caso de roubo e que crie a possibilidade de apagar as informações daquele dispositivo sem a perder de forma total.
Não se esqueça, no entanto, que a parte mais importante da segurança é o cuidado com que usa o seu dispositivo, por isso mantenha-se consciente dos riscos em cada utilização que lhe dá.
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