Processador é um termo que te faz confusão? Não fazes ideia para que serve uma RAM? As aulas universitárias estão prestes a começar e todos os estudantes precisam de um computador portátil. Vejamos as características que deves conhecer para adquirires o portátil para a universidade mais indicado para ti.
O início da vida universitária é um grande passo e uma grande mudança na vida de qualquer estudante. Seja qual for o curso que escolhas, muito provavelmente vais precisar de um computador portátil, seja para levar para as aulas, para estudar para os exames ou para desenvolver os trabalhos exigidos por cada cadeira — já para não falar do uso que lhe darás nos tempos livres.
Encontrar o portátil certo para a universidade não tem de ser difícil. É para isso que serve este guia que te explica o jargão mais técnico.
Portátil para a universidade: jargão a conhecer
Sistema operativo
O sistema operativo é um software responsável pelo funcionamento de um computador. É o programa que inicia com o computador e que permite ter uma interface que relaciona o software com o hardware, o que permite ao utilizador instalar programas, abrir aplicações, entre outras ações.
Essencialmente, o sistema operativo é o responsável por todos os processos e funcionalidades de um computador, deixando a utilização do aparelho mais prática e também mais segura, dado ser o sistema operativo que ‘diz’ ao computador o que fazer. A maioria dos portáteis oferece o sistema operativo da Microsoft (Windows) ou da Apple (macOS).
Recentemente, a Microsoft atualizou o software lançando uma nova versão, o Windows 11, o qual deverá estar disponível para todos no final do ano ou no início do próximo. Até lá, os utilizadores usam o Windows 10 e poderão depois atualizar gratuitamente.
O Windows 10 é construído em volta de um ecrã inicial capacitado para touchscreen cheio de vários programas e aplicações. Estes estão organizados em ladrilhos coloridos no menu ‘Iniciar’ e não é difícil compreender a mecânica de utilização. Podes personalizar o menu ‘Iniciar’ movendo os ladrilhos para secções definidas por ti.
Este sistema operativo foi desenhado para uma nova geração de dispositivos que podem alternar entre computadores portáteis e tablets sem problemas. O Windows 10 foi projetado para que o utilizador obtenha a melhor experiência em touchscreen — como os tablets — e em equipamentos com teclado e rato tradicionais — como é o caso dos computadores.
O macOS Big Sur é o software mais recente da Apple para Macs. Também foi projetado para interagir bem com iPhones e iPads. Aliás, a Apple é conhecida pela fluidez entre sistemas, usando o iCloud para sincronizar conteúdo entre dispositivos — algo que vale a pena considerar se já tem outros dispositivos Apple.
Ambos os softwares são user-friendly, pelo que será uma questão de preferência e de hábito. Ter um smartphone Android não é impedimento para adquirir um MacBook, da mesma forma que ter um iPhone não deverá impedir nenhum estudante de optar por um portátil Windows para a universidade.
CPU ou processador
O processador de um computador, também conhecido como CPU (Central Processing Unit), é considerado o cérebro do computador. É este componente que realiza os complexos cálculos que tornam possível executar todas as tarefas.
Além disso, é responsável por informar todos os outros componentes sobre o que fazer, de acordo com as instruções fornecidas pelos programas (softwares) em execução. Sempre que move o rato, abre um programa, transfere ou abre um ficheiro é o processador que torna isso possível.
É provável que já tenha reparado nos nomes Intel ou AMD, nomes das duas únicas marcas de fabricantes de processadores para computador no mercado, atualmente. No geral, as duas empresas produzem processadores diferentes em quase todas as frentes — preço, energia e desempenho.
No que se refere ao desempenho, as diferenças entre Intel e AMD são mínimas. É importante realçar que as duas fabricantes usam arquiteturas de construção e processamento diferente. Assim sendo, é de esperar que o desempenho em ambas as marcas seja diferente, apresentando prós e contras dos dois lados.
Sejamos honestos: quando se adquire um portátil para a universidade também se tenciona dar-lhe outros usos, como jogar, ver filmes em streaming, entre outras atividades de lazer. Há que ter isso em conta.
De momento, são mais os portáteis construídos com processadores Intel do que com AMD, pelo que aqui está um breve guia para distinguir entre as diferentes séries dos Core — os quais são uma família de processadores da marca Intel, assumidamente a mais popular:
Intel Core i3: servem essencialmente para as tarefas do dia a dia, tal como navegar na Internet, consultar o e-mail, assistir a um filme, programas leves, entre outras tarefas; têm o melhor custo-benefício de todos os processadores desta família e são também bastante económicos no consumo de energia; num dispositivo com uma boa placa gráfica, um i3 pode ser também uma opção para gaming.
Intel Core i5: para quem precisa de um computador mais exigente, com jogos e programas mais pesados, a categoria dos i5 é uma boa alternativa; apesar de não serem de altíssimo desempenho, são criados para executar mais do que as tarefas do dia a dia; executam com mais qualidade alguns jogos e programas; também têm a tecnologia do Turbo Boost, que permite aumentar a frequência das operações dos núcleos.
Intel Core i7: pensado para quem quer (ou precisa de) um maior desempenho, o Core i7 é uma excelente escolha; atende a dois requisitos: execuções comuns com alto desempenho e programas gráficos mais elaborados; são ideais para quem precisa de editar vídeos em alta definição, criar gráficos em três dimensões ou usar programas de design como o AutoCad, Illustrator e Photoshop; são também excelentes para jogos mais pesados; para auxiliar no desempenho, esta série também possui as tecnologias de Turbo Boost e Hyper Threading; por esse motivo, processam programas com um desempenho melhor que as séries anteriores.
Intel Core i9: por fim, no topo de desempenho e qualidade nas execuções está o Core i9, pensado, principalmente, para quem pretende um desempenho extremamente alto; tudo o que um computador pode fazer, desde jogos a edição de filmes; é atualmente o topo de gama da Intel, com potencialidade de elevar a sua criatividade para o próximo nível.
RAM
Memória de Acesso Aleatório — ou simplesmente RAM — é um espaço de armazenamento de dados temporário e de funcionamento muito rápido para acesso imediato por parte dos computadores. Todos os dispositivos computacionais têm uma memória RAM, seja um computador, um tablets, um smartphones ou até uma Smart TV.
Por se chamar ‘memória’, a RAM é muitas vezes confundida com armazenamento de ficheiros, mas não é para isso que serve esta componente. É uma memória de curto prazo de um computador, em contraste com os discos HDD ou SSD, os quais são memória de longo prazo, onde os ficheiros ficam armazenadas permanentemente ou até serem eliminados pelo utilizador.
Então, para que serve? A RAM é uma memória utilizada para guardar processos necessários para o funcionamento, tanto do sistema operativo, como de outros softwares e programas. É o que te permite ti, como utilizador, aceder a vários programas simultaneamente com velocidade e eficiência.
Vamos imaginar que a memória RAM é a tua secretária. O teu espaço de trabalho em cima da mesa, onde tens o portátil e as folhas de papel em que fazes anotações, bem como várias coisas que precisas de ter à mão de forma a seres mais produtivo e não perderes tempo à procura. Isso é a memória RAM.
Por outro lado, os manuais de outras disciplinas que não precisas neste momento, mas tens de guardar para estudar mais tarde, são colocados numa gaveta: as gavetas seriam os discos de armazenamento.
De forma resumida, quanto mais RAM o teu portátil tiver, melhor este funcionará. Se não tiver a suficiente para os programas que utilizas, o computador será muito lento. Procura PCs com 6 ou 8 GB de RAM para que possas executar aplicações exigentes em simultâneo com facilidade.
Disco rígido (hard drive)
Será no teu computador portátil que guardarás todo o material de estudo, apresentações e trabalhos feitos para a universidade, mas também guardarás ficheiros multimédia — fotos, músicas, filmes —, e para isso precisas de espaço de armazenamento. É para esse fim que servem os discos rígidos, as tais gavetas na tua secretária referidas anteriormente.
Há duas opções no que se refere aos discos rígidos: HDD e SDD. Atualmente, já poucos equipamentos incorporam um HDD, que disponibilizavam mais espaço, mas tinham uma performance significativamente mais lenta. Os SDD fazem o computador e os programas iniciar e decorrer mais rápido, são mais leves e compactos — o que permitiu desenvolver computadores mais leves e finos —, e também são mais silenciosos e resistentes a quedas.
Os discos rígidos são medidos em gigabytes e quanto mais, melhor. Na busca de um portátil para a universidade opta por aqueles com pelo menos 250 GB, mas também não é de descurar os de 500 GB ou 750 GB.
Em último caso, terás sempre a possibilidade de adquirir unidades de disco rígido externas para expandir o espaço.
Placa gráfica
Para navegar na web, escrever em documentos e assistir a vídeos, uma placa gráfica integrada é quanto basta. Este é o chip que já vem embutido no processador do teu portátil. Ser integrada significa que o chip gráfico partilha a memória do computador, o que pode tornar o processamento de vídeo e imagens mais lento.
No entanto, a menos que tenciones jogar alguns jogos de computador mais pesados no teu portátil, ter um chip gráfico não será um problema. O mesmo se aplica a programas de edição de fotografia e vídeo.
Se, pelo contrário, é precisamente esses programas que usarás mais na vida universitária, será necessário optar por um computador portátil com uma boa placa gráfica.
Regra geral, as placas gráficas têm a sua própria RAM dedicada. A quantidade necessária depende do uso, mas tenta assegurar que tenha pelo menos 256 MB de memória.
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