Estás a pensar comprar um novo televisor e não sabes qual escolher? Estás indeciso entre um OLED ou um QLED?
É normal que estejas confuso e é por isso que hoje te vamos falar destas duas tecnologias de TV.
OLED versus QLED: qual a melhor tecnologia de TV para 2022?
Qual é a diferença entre estas duas tecnologias? Começamos pela qualidade de imagem que é superior no OLED comparativamente com o QLED.
O QLED está mais próximo do LCD normal do que do OLED. Um televisor QLED é uma TV LCD com pontos quânticos, que são moléculas microscópicas que, quando atingidas pela luz, emitem a sua própria luz de cores diferentes.
Nas TVs QLED, os pontos contidos num filme, por exemplo, são atingidos pela luz que é fornecida por uma luz de fundo LED. Essa luz percorre algumas camadas dentro do televisor, incluindo uma camada de cristal líquido, para criar a imagem. A luz da fonte LED é transmitida através das camadas para a superfície do ecrã.
A Samsung tem usado pontos quânticos para aumentar a qualidade de imagem dos seus televisores LCD desde 2015 e, dois anos depois, estreou a sigla QLED TV. A empresa diz que esses pontos quânticos têm evoluído ao longo do tempo – que a cor e a saída da luz melhoraram, por exemplo.
O OLED é diferente porque não utiliza uma luz de fundo LED para produzir luz. Pelo contrário, a luz é produzida por milhões de subpixels individuais de OLED. Os próprios pixels emitem luz e é por isso que é chamada uma tecnologia de visualização “emissiva”. Essa diferença leva a todo o tipo de efeitos de qualidade de imagem, alguns dos quais favorecem o LCD (e QLED), mas a maioria deles favorecem o OLED.
Qualidade de imagem: QLED vs OLED
A qualidade de imagem da televisão QLED varia mais do que a OLED.
A Samsung tem vários modelos QLED e os mais caros têm um desempenho muito melhor do que os mais baratos. Isto deve-se principalmente ao facto das maiores melhorias na qualidade de imagem dos conjuntos QLED não terem muito a ver com os pontos quânticos. Em vez disso, são o resultado de mini luzes de retroiluminação LED, melhor escurecimento local, luzes brilhantes e melhores ângulos de visão, que os ajudam a superar os televisores QLED (e não OLED) que não têm esses extras.
Entretanto, muitos televisores OLED têm uma qualidade de imagem muito semelhante. Há alguma variação entre diferentes televisores OLED, mas não são tão significativos como as diferenças entre várias séries de televisão QLED.
OLED tem melhor contraste e nível de preto
Um dos fatores de qualidade de imagem mais importantes é o nível de preto. A sua natureza emissiva significa que os televisores OLED podem desligar completamente os pixels não utilizados, para um contraste literalmente infinito.
Os televisores QLED/LCD, mesmo os melhores, com o mais eficaz escurecimento local total, deixam passar alguma luz, levando a níveis de preto mais desbotado, cinzento e florido em torno de secções brilhantes.
QLED é mais brilhante
Os televisores QLED mais brilhantes podem ficar mais brilhantes do que qualquer modelo OLED, o que é uma vantagem particular em salas brilhantes e com conteúdo HDR. Contudo, os televisores OLED ainda podem ter muito brilho para a maioria das salas e o seu contraste superior ainda lhes permite fornecer uma melhor imagem HDR global do que qualquer outro televisor QLED.
OLED tem uma melhor uniformidade e ângulos de visão
Com ecrãs baseados em LCD, diferentes áreas do ecrã podem aparecer sempre mais brilhantes do que outras e a estrutura de retroiluminação também pode ser vista em alguns conteúdos.
Mesmo os melhores LCDs, também se desvanecem, perdem o contraste e ficam sem cor, quando vistos de outros lugares que não diretamente em frente do ecrã.
Os televisores OLED têm ecrãs quase uniformes e mantêm a fidelidade em todos os ângulos, exceto dos ângulos mais extremos.
A resolução, cor, processamento de vídeo e outros fatores de qualidade de imagem são basicamente os mesmos.
A maioria dos QLED e OLED têm a mesma resolução (4K) e ambos podem alcançar também uma resolução de 8K. Nenhuma das tecnologias tem grandes vantagens inerentes no processamento de cor ou vídeo, embora o QD-OLED pudesse proporcionar uma cor melhorada.
O QLED pode ficar maior e mais pequeno (e mais barato)
Os tamanhos de televisores OLED variam entre 42 a 97 polegadas, já as TV QLED podem ir de 32 a 98 polegadas.
Uma grande vantagem que o QLED tem em relação ao OLED é o custo dos tamanhos principais com mais de 65 polegadas. Os grandes televisores são o segmento de maior crescimento do mercado e não mostram sinais de abrandamento.
E quanto ao burn-in na OLED?
O burn-in acontece quando uma imagem estática, tais como botões de navegação num telefone ou o logótipo de um canal, um ticker de notícias ou um anúncio numa televisão, por exemplo, permanece como um fundo fantasmagórico, não importa o que mais apareça no ecrã.
Todos os ecrãs OLED podem “arder” e aparentemente são mais suscetíveis do que os ecrãs LCD, incluindo o QLED.
No entanto, o burn-in não deve ser um problema para a maioria das pessoas. De todas as provas que vimos, o burn-in é tipicamente causado por deixar um único elemento de imagem estática, como um logótipo de canal, que aparece no ecrã durante muito tempo, repetidamente.
Isso é um problema se mantiveres ao televisor ligado durante várias horas, todos os dias, e não assistires a programação de forma diferenciada suficiente, por exemplo. Mas, desde que varies o que é exibido, é provável que nunca experimentes burn-in.
O que é melhor em 2022: QLED ou OLED?
Para além da sua próxima TV QD-OLED, a Samsung está a pesquisar o ponto quântico de visão direta, que dispensa as camadas de cristais líquidos e utiliza os próprios pontos quânticos como fonte de luz.
Os televisores QLED emissivos têm o potencial de corresponder aos níveis de preto absoluto e ao rácio de contraste “infinito” do OLED, com melhor eficiência energética, melhor cor e muito mais. Isso é bastante excitante, mas levará alguns anos até que vejamos televisores QLED emissivos disponíveis para venda.
E depois há o MicroLED, que é outra tecnologia emissiva, mais uma vez liderada pela Samsung, mas também vendida pela LG, que está agora à venda para quem tem mais possibilidades financeiras, uma vez que falamos de valores bastante elevados.
Esta tecnologia utiliza milhões de pequenos LEDs como pixels. A MicroLED tem o potencial para os mesmos níveis de preto perfeito do que o OLED, sem perigo de burn-in. Pode proporcionar maior brilho do que qualquer tecnologia de visualização atual, gama de cor mais larga e não sofre os problemas de ângulo de visão e uniformidade do LCD. É também enorme. Não envolve pontos quânticos, pelo menos ainda não, mas quem sabe o que pode acontecer quando se trata do mercado…
Por enquanto, a tecnologia OLED comparada com a QLED lidera a qualidade de imagem!
Chegou o QD-OLED
Para além destas duas tecnologias, aproveitamos para te falar da que chegou este ano ao mercado, uma vez que vem com novos avanços que estão definidos para elevar o desempenho do OLED. Chegaram os ecrãs QD-OLED!
Esta tecnologia pode ser encontrada nos novos televisores de 55 e 65 polegadas da Samsung e Sony.
O QD-OLED utiliza pontos quânticos em combinação com díodos orgânicos emissores de luz e promete uma qualidade de imagem ainda melhor do que os televisores e monitores OLED tradicionais.
O QD-OLED usa elementos da tecnologia OLED e combina-os com painéis Quantum Dot em esforço para fornecer o melhor dos dois mundos. Fornece alto brilho de pico com pouco ou nenhum sangramento de luz, pretos profundos e cores vivas.
Os painéis QLED destacam-se pela precisão de cores, podem ser mais brilhantes do que os painéis OLED e não sofrem a mesma tendência de queimar. Contudo, não podem obter os mesmos pretos profundos, logo o contraste geral é reduzido.
Combinar a eficiência e o potencial de cor dos pontos quânticos com a relação de contraste do OLED é basicamente o auge da qualidade de imagem atual. Os LCDs não têm contraste a nível de pixels do OLED. As suas retroiluminações, mesmo com mini-LED, são demasiado grosseiras. As televisões OLED, embora brilhantes, não têm o potencial extremo de luminosidade do LCD.
QD-OLED resolve potencialmente estas duas questões e pode ser maior do que a soma das partes. Um material OLED azul cria, como na maioria dos LCDs LED, toda a luz azul. Uma camada de ponto quântico utiliza esta luz azul para depois criar a luz verde e vermelha. Os pontos quânticos são quase 100% eficientes, ou seja, basicamente não se perde energia a converter estas cores.
A versão atual do OLED utiliza filtros de cor para criar vermelho, verde e azul, bloqueando essencialmente uma quantidade significativa do potencial de luz criado pelo material OLED, pelo que é potencialmente menos eficiente.
O resultado poderia ser maior brilho e cor do que nas versões atuais do OLED, mantendo, ao mesmo tempo, o rácio de contraste superlativo dessa tecnologia.
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