O Facebook anunciou na segunda-feira, dia 20 deste mês, que iria questionar os seus utilizadores em todo o mundo se têm sintomas de covid-19, para criar mapas de calor de possíveis infeções. Este projeto já avançou nos EUA.
Elaborado com as respostas dos utilizadores desta rede social, a empresa dirigida por Mark Zuckerberg lançou na segunda-feira, dia 20, o primeiro mapa de calor de possíveis infeções em território norte-americano, escreve a agência Lusa.
No condado de Queens, integrado num dos estados mais afetados do país (Nova Iorque), observou-se que 2,31% dos entrevistados apresentam sintomas ligados à covid-19.
Segundo o Facebook, os primeiros resultados enquadram-se nos dados oficiais já conhecidos sobre a presença geográfica do novo coronavírus nos Estados Unidos, motivo que a levou a consolidar a confiança na validade do sistema de pesquisa e a decidir estendê-lo a todo o mundo, a partir de quarta-feira, dia 22.
Escreve a agência Lusa que desde que a rede social cofundada por Mark Zuckerberg começou a pesquisar os sintomas da covid-19 nos Estados Unidos, há duas semanas, como parte de um projeto de pesquisa da universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia, uma média de 150.000 pessoas por dia está a responder à pesquisa.
A pesquisa, que é voluntária, aparece para os internautas no topo do canal de notícias da rede social, surgindo aí perguntas sobre o estado de saúde e os sintomas habitualmente associados ao novo coronavírus, como tosse seca e febre.
Estes podem responder através do smartphone, tablet, computador, ou qualquer dispositivo onde tenham acesso à rede social.
Numa entrevista ao meio online especializado em tecnologia, The Verge, o diretor executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, defendeu esta forma de estimar o número de casos como uma alternativa aos números oficiais, caso os governantes tenham interesse em esconder informações ou disfarçar a dimensão da pandemia.
“Alguns governos não estão especialmente interessados em que o mundo saiba quantos casos existem ou saiba como o coronavírus se está a espalhar pelos seus países. Portanto, obter dados sobre isso é muito importante”, realçou o cofundador do Facebook.
Mundialmente, de acordo com o Center for Systems Science and Engineering (CSSE) na Universidade Johns Hopkins, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase 23 milhões de pessoas em 185 países e territórios. Quase 900 mil doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos da América são o país com maior número de casos confirmados (muito perto de atingir o infeliz marco de 1 milhão) e com mais de 54 mil mortos.
De acordo com os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS), em Portugal registou-se 903 óbitos devido à covid-19. Há, neste momento, mais de 23 mil infetados e 1329 considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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