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Drones: o que aguarda o futuro desta tecnologia?

As incríveis imagens capturadas por drones fazem sucesso onde quer que seja, mas esta tecnologia tem um potencial muito superior ao seu uso no presente. Por onde irá passar o futuro destes equipamentos?

Em pouco tempo, habituamo-nos a ver drones a percorrer os céus. Não foi há muitos anos que esta tecnologia surgiu e já tem diversas utilidades. No entanto, se falar com algum proprietário de um drone é provável que este lhe diga que a tecnologia atual está longe de ser perfeita.

Infelizmente, não são assim tão raras as vezes em que ouvimos falar de um drone que caiu porque ficou de repente sem bateria ou que ficou perdido e foi atacado por animais selvagens.

Por outro lado, e em melhores notícias, esta tecnologia dá mostras de estar perto de uma evolução e há melhorias significativas previstas no seu futuro. Vejamos.

 

Baterias a hidrogénio

As baterias de polímero de lítio — LiPo — usadas nos drones só podem ser carregadas com uma quantidade determinada de energia, o que significa que voos longos exigem muitas baterias sobressalentes — e, como tal, não permitem muitas horas de voo ininterrupto, principalmente se quer evitar que o seu drone caia de repente por ficar sem energia.

A solução para isso pode ser substituí-las por baterias movidas a hidrogénio. Este elemento é uma fonte limpa de energia e cada célula gera muito mais energia que as células LiPo do mesmo tamanho.

Uma empresa coreana de drones que testou células de hidrogénio conseguiu fazer um pequeno drone voar durante 10 horas. Resta-nos aguardar que essas baterias de grande potência estejam disponíveis no mercado em breve.

 

Teias de aranha?

Atualmente, está a ser testada uma tecnologia que pode soar bastante familiar aos fãs do Homem-Aranha. Sim, a sério.

É apelidada de “perching” — empoleirar-se, tradução livre —, o que significa que o drone irá conseguir “repousar” sobre uma borda alta ou prender-se a um teto ou saliência, disparando um pedaço de corda pegajosa.

Com certeza não irá balançar entre os arranha-céus enquanto persegue bandidos pela cidade de Nova York, mas as semelhanças com o herói da Marvel são indiscutíveis.

Ao pousar em prédios, postes de iluminação, árvores e falésias, os drones podem descansar no meio de um voo, mantendo-os no céu por mais tempo. Resta a questão de qual será o verdadeiro uso para esta tecnologia, para além da referida poupança de bateria.

Inteligência artificial

Como em quase todas as áreas modernas, a Inteligência Artificial também está a ser pesquisada no mundo dos drones.

Nos próximos anos, a IA ajudará os drones a mapear as suas próprias rotas de voo, evitar colisões com outros objetos transportados pelo ar e até concluir tarefas autonomamente.

Obviamente, isso terá grandes implicações para a indústria. Imagine equipas de drones com inteligência artificial capazes de construir edifícios, entregar pacotes nas cidades e até responder a emergências. Tudo sem que os humanos os controlem.

Enquanto isso não acontece, a IA vem ajudar quem usa os drones apenas para atividades recreativas e os fotógrafos profissionais, pois ajudará a tornar os drones mais seguros, divertidos e intuitivos de usar.

 

Fotogrametria

Sinónimo de fotocartografia, a fotogrametria é a medição de distâncias ou de dimensões através de fotografias. Usando um grande número de fotografias e muitos dados sobre os objetos que está a renderizar, os programas de computador podem criar modelos reais — leia-se, em 3D — usando a Inteligência Artificial.

A fotogrametria já é uma característica de alguns drones experimentais, mas no futuro, podemos esperar que esteja nas mãos dos consumidores também.

Seria engraçado criar um modelo em escala da nossa própria casa usando os dados coletados pelo drone, mas esta tecnologia pode vir a ser muito útil para profissões relacionadas com a arquitetura ou engenharia, por exemplo.

 

Controlo de tráfego feito por drones

Com o progredir da tecnologia drone, é provável que aumente o número destes equipamentos nos céus nos próximos 5 a 10 anos. Isso poderá criar o problema de sobrelotação.

A boa notícia é que começou a corrida para as empresas que desejam tornar-se as primeiras a criar o primeiro sistema UTM (Unmanned Traffic Management). Essa seria uma solução com inteligência artificial que irá garantir não haver colisões entre drones e também entre drones e outros objetos, o que é tão ou mais importante.

Depois da implementação de um sistema UTM, os pilotos de drones podem esperar mais segurança, mais liberdade e mais diversão com os seus equipamentos.


O futuro é agora

São cada vez mais os consumidores que se apercebem das várias utilizações possíveis dos drones, bem como do seu potencial futuro.

Deseja aprender como se tornar um piloto especialista de drones a tempo de todos estes grandes desenvolvimentos? Não há melhor momento para começar do que agora.

// RPT

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