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Disney Plus arranca a 12 de novembro (e prepara-se para abalar o mercado de streaming TV)

Disney Plus

O novo serviço de streaming da Disney, que a empresa batizou de Disney+, arranca nos Estados Unidos no dia 12 de novembro, e prepara-se para mudar o mercado de streaming de televisão para sempre.

Num mercado que foi até agora dominado pela Netflix, e à qual nos últimos anos se juntaram concorrentes de peso como a Amazon Prime, a HBO, o Hulu e mais recentemente a Apple TV, o que é que a Disney pode fazer para dar cartas num jogo em que é a última a chegar à mesa?

Muita coisa, considera o Tech Radar, que teve oportunidade de analisar uma free trial do Disney+ na Holanda — país onde a plataforma, que está disponível em dispositivos iOS, Android, Apple TV, PS4, Xbox One, Android TV, Windows e MacOS, foi lançada como teste de campo antes do lançamento global em todo o mundo.

E efetivamente, a oferta da Disney não é pouca. O Disney+ será o canal de streaming de todos os filmes, séries e animações dos estúdios Disney e Pixar, além do catálogo da National Geographic, e terá o exclusivo de franquias incontornáveis da nossa cultura pop — como Star Wars e o universo Marvel, que a Disney resgatou recentemente do portfolio do Netflix, seu maior concorrente.

Não é pouco, já é muito e é bom.

Além disso, com a recente aquisição da Fox pela Disney, o catálogo do Disney+ será enriquecido com as míticas séries da Fox — com The Simpsons à cabeça.

A aquisição da Fox permite finalmente ao Universo Marvel, segundo a Time a franquia mais rentável da história do cinema, contar oficialmente com os seus X-Men, que nos últimos 20 anos estiveram impedidos de partilhar o grande écrã com os seus irmãos Vingadores.

Os direitos das franquias X-Men e Spider Man foram cedidos em 1993 pela então frágil Marvel à 20th Century Fox, que os arrendou à Sony — o que obrigou a Marvel Studios, com a ajuda da Disney, a construir o seu bem sucedido Universo Cinemático Marvel com base nos heróis que lhe restavam (Iron Man, Captain América, Hulk e Thor) e a fazer crescer figuras de segundo plano, que levou com sucesso ao panteão dos super-super-heróis.

Um acordo entre a Sony e a Marvel tinha já permitido a Peter Parker regressar a casa para fazer uma perninha na saga The Avengers. A fusão da Fox com a Disney permite finalmente que o Universo Marvel acolha também os X-Men.

Fica para já por saber o destino de Deadpool. O underdog que se tornou uma das mais bem sucedidas e rentáveis apostas da Marvel dificilmente terá lugar num catálogo tradicionalmente dirigido a audiências familiares. Mas, como diz Deadpool, “com grande poder, temos… grandes oportunidades de merchandising”, portanto a Disney saberá encontrar forma de resolver o seu dilema.

Em entrevista ao Hollywood Reporter, o CEO da Disney, Bob Iger, disse em setembro que fazia sentido o Universo Cinemático Marvel absorver a franquia X-Men. “Não pode haver duas Marvel”, acrescentou.

Um catálogo que junta a rainha Elsa de Arendelle ao rei T’Challa de Wakanda parece estar apetrechado para disputar as atenções (e carteiras) dos mais aficionados espetadores de home cinema, e preparado para mudar o mundo do streaming para sempre.

Resta saber se pode haver duas Netflix — ou três ou quatro.

// RPT

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