/

Dicas para pais: boas práticas no uso de smartphones para os seus filhos

Pai e filho com smartphone

Quando utilizadas com sentido de responsabilidade e bom senso, as tecnologias melhoram a nossa qualidade de vida. Ensine boas práticas no uso dos equipamentos aos seus filhos, para que tenham hábitos saudáveis desde o início.

A tecnologia tem muito de bom, quando devidamente utilizada. Colocar um smartphone nas mãos dos seus filhos é abrir-lhes um mundo de possibilidades e também é dar-lhes responsabilidade. Assim, há que lhes ensinar boas maneiras e até “etiqueta” no uso de aparelhos deste género.

Os smartphones permitem acesso a ferramentas de comunicação, como chamadas telefónicas, mensagens e aplicações que ligam o utilizador ao mundo inteiro. Tirar e partilhar fotos, jogar e publicar nas redes sociais são apenas alguns exemplos.

Não é fácil regular todos os aspetos de como as crianças usam esses dispositivos, mas pode tentar incutir-lhes bons hábitos para que continuem a desfrutar das vantagens e a evitar os riscos. Veja as 6 boas práticas que temos para lhe recomendar.

 

1 Gerir o tempo

Os nossos pais e alguns dos nossos avós cresceram com a televisão como centro de entretenimento. Apesar de ser uma fonte de distração em si mesma, a TV também tinha o dom de congregar a família à sua volta, principalmente no início da sua história, quando não havia muito mais por onde escolher.

Atualmente, smartphones, tablets, computadores portáteis e inúmeras consolas lutam pela atenção dos seus filhos e são uma tentação difícil de resistir. ​

Neste mundo repleto de possibilidades de entretenimento tecnológico, como gerir o tempo que as crianças devem passar com estes equipamentos? Que tipos de atividades são aceitáveis para crianças de idades variadas?​

Estipular até que ponto é diversão inofensiva e onde deixa de o ser para ser um exagero é algo que deve estabelecer em família e é um hábito que pode levar algum tempo até enraizar.

 

2 Não falar alto ao telefone

Quantas vezes não apanhou alguém a falar demasiado alto ao telefone em locais públicos? Exceção feita a quem tem dificuldades auditivas, falar alto durante chamadas telefónicas é desnecessário. Pode parecer óbvio, mas acontece até aos mais distraídos é um hábito bom de incutir aos seus filhos desde o início.

O problema das crianças é que imitam o que os adultos fazem e não o que lhes dizem para fazer, pelo que pode ter que incutir esse hábito em si mesmo, se já não o tem. Auriculares podem ajudar nesse empreendimento.

Colocar música a tocar ou jogos com som em alta-voz, especialmente em locais públicos, é provável que vá incomodar ou irritar outras pessoas​. É importante ter consideração com as pessoas em seu redor e as crianças podem seguir o seu exemplo.

 

3 Selfies com precaução​

Agora toda a gente pode ter uma câmara fotográfica quase de nível profissional no bolso: os smartphones passaram por uma evolução assombrosa e a imagem é apenas um dos aspetos onde essa evolução se notou. Qualquer pessoa pode capturar fotos e vídeos incríveis com os recursos avançados disponíveis nesses dispositivos.​

Mas com grandes possibilidades, vêm grandes responsabilidades. A primeira coisa que deve fazer é ensinar os seus filhos que não devem fotografar ou filmar alguém sem a sua autorização, principalmente desconhecidos.

Na busca pela selfie perfeita nem sempre notamos no que está ao nosso redor e há mesmo quem já se tenha magoado à conta disso. Um pouco de atenção e cautela é quanto basta para evitar acidentes desnecessários.

 

4 Usar passwords e ​recursos de segurança​

Perder um smartphone é realmente aborrecido, mas acontece. Se o seu telemóvel for perdido ou roubado é boa ideia ter em medidas para proteção das suas informações críticas contra olhares indiscretos ou possíveis hackers.

Nunca é demasiado cedo para ensinar as crianças acerca da potencial violação de dados, o que pode acontecer mesmo que não tenha perdido o seu aparelho. Ensiná-las a usar uma palavra-chave, um PIN ou uma segurança biométrica, como um sensor de impressão digital ou o reconhecimento facial, é um bom primeiro passo em boas práticas tecnológicas.

A curiosidade inerente das crianças, bem como o facto de ter nascido neste mundo tecnológico, dá-lhes uma vantagem em relação às gerações anteriores. É-lhes fácil aprender a mexer com gadgets e dominar os smartphones, tablets e outros dispositivos dos seus pais.

Mantenha os seus dados privados e longe de olhares indiscretos com os recursos disponíveis. Os mais recentes iPhones e telefones Android, regra geral, possuem sensores de impressão digital integrados, enquanto alguns também usam reconhecimento facial. Leva apenas cinco minutos para configurar e tornar o dispositivo mais seguro sem a necessidade de uma password, da qual se pode esquecer.

 

5 À mesa não há telemóveis

Sendo a tecnologia uma fonte de distração tão forte, é natural que contribua para a alienação do utilizador, que se “desliga” do mundo em redor quando está a usar um equipamento. Impor limites nesse uso pode ter um impacto muito positivo na dinâmica familiar.

Por exemplo, uma boa regra para incentivar a interação com a família é definir a proibição de usar telemóveis ou qualquer outro tipo de tecnologia durante as refeições em família. Desta forma, pode aproveitar o momento para partilhas ou conversar.

Ver as mensagens ou dar uma vista de olhos nas redes sociais é uma tentação, mas evitar fazê-lo é um exercício de paciência que irá recompensar mais tarde. Não se esqueça de que a boas práticas têm de ser praticadas por miúdos e graúdos, ou não irão resultar.

 

6 Telemóvel em silêncio ou no modo “não perturbar”

Há muitos casos em que os telefones a tocar ou até só a vibrar são uma distração. Os serviços religiosos, as salas de aula e os hospitais, por exemplo, são locais onde o ruído do smartphone pode ser perturbador ou desrespeitoso.

Ultimamente colocar o telemóvel a vibrar é uma prática comum, o que acaba por ser mais discreto, mas ainda pode ser problemático. O modo “não perturbar” é um recurso comum em qualquer smartphone, o qual silencia o dispositivo por completo — no entanto, pode abrir exceções para um determinado contacto, no caso de emergências.

Outra situação em que isto pode ser útil é enquanto está a conduzir. Muitos acidentes acontecem porque os condutores são distraídos por chamadas ou mensagens. Esqueça o seu aparelho, mantenha os olhos na estrada e concentre-se na condução.

 

Quem define as boas práticas são os pais

Não existe nenhum livro de regras que deva seguir acerca das boas práticas a incutir aos seus filhos quando estes começam a usar um smartphone. É um trabalho contínuo, o qual irá aperfeiçoar em família e com experiência. Esperamos, no entanto, que estas dicas lhe sejam úteis.

// RPT

Mais recentes