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Como escolher um telemóvel para crianças

Criança a olhar para um telemóvel / tablet Samsung

Quer escolher um telemóvel adequado para crianças e não sabe por onde começar? Conheça as características às quais deve estar atento.

Há uma etapa pela qual todos os pais passam: o momento em que se questionam se está na altura certa de oferecer aos seus rebentos um telemóvel — quando não é o próprio filho a pedir.

Um telemóvel é muito útil para poder contactar com os seus filhotes quando precisar e saber que eles têm forma de o contactar se algo acontecer.

Ainda assim, com a quantidade de modelos, formatos e estilos presentes no mercado escolher aquele que se vai oferecer pode não ser a tarefa mais fácil do mundo. Qual será o equipamento mais adequado para oferecer a uma criança?

Vamos dar-lhe algumas informações para o ajudar a escolher e algumas dicas úteis sobre controlo parental.

 

Qual a melhor idade para se receber um telemóvel?

Cada caso é um caso e, no final do dia, quem sabe o que é melhor para os seus filhos serão sempre os pais. Também não existe um número mágico, mas estudos apontam que a idade média em que uma criança recebe o seu primeiro telemóvel é com 10 anos ou pouco mais.

Ou seja, por volta do 5º ano de escolaridade já demonstram ter alguma responsabilidade para lidar com este equipamento.

 

Qual o melhor telemóvel para crianças?

É impressionante as funcionalidades presentes num aparelho tão pequeno. Alguns telemóveis são verdadeiras máquinas, melhores do que muitos computadores. Justificará oferecer um desses equipamentos superiores ao seu filho menor?

Sabemos que os miúdos são bem versáteis nestas tecnologias — muitos percebem bem mais do que os pais, verdade? —, mas isso não significa que precisem delas. Não justifica empregar todas as suas poupanças num modelo de telemóvel com as características mais recentes que a tecnologia tem para oferecer.

Crianças a usar telemóvel Huawei

Assim, quais são as funcionalidades que deveriam estar presentes num telemóvel para crianças? Eis as 4 mais relevantes.

1 Resolução do ecrã

No que se refere à qualidade do ecrã, a tecnologia tem dados saltos gigantescos num espaço de tempo bastante curto. Atualmente, qualquer modelo modesto garante qualidade HD e resolução de 720p (1280 x 720 pixels).

Trocando por miúdos (já que se pretende que seja para os miúdos), este tipo de resolução é bastante boa e mais do que o suficiente para assistir a vídeos do YouTube e jogar os jogos mais recentes.

2 Câmara fotográfica

Para além de ver vídeos e jogar, uma das atividades preferidas das crianças é usar o telemóvel para fotografar. A quantidade de megapixels (MP) dão-lhe uma boa noção da qualidade da câmara do equipamento. 5MP são o suficiente para capturar imagens com bastante detalhe e nitidez.

Pode aproveitar as fotografias que registem momentos felizes em família, por exemplo. Só não podemos fazer nada em relação ao talento do “fotógrafo”, mas com certeza que não irá desagradar.

3 Design

Elegantes e finos, de vidro ou de metal: os smartphones mais recentes primam pelo seu design sofisticado. Mas será isso o mais indicado num telemóvel para crianças?

Os modelos mais volumosos e não raras vezes produzidos em plástico tendem a ser mais económicos e até mais resistentes. Não duvidamos do sentido de responsabilidade do seu filho, mas crianças são crianças: deixam cair ao chão, perdem, pousam em locais de risco, já sabe o que a casa gasta, certo?

Assim sendo, gaste menos e aposte num aparelho mais resistente aos choques e arranhões. Uma película para proteger o ecrã e uma capa também são acessórios que pode considerar, para que o telemóvel dure mais tempo nas mãos da criança.

4 Bateria

Se um dos objetivos pelos quais pretende oferecer um telemóvel ao seu filho é porque se quer manter em contacto com ele/ela, então a bateria do equipamento deve ser o suficiente para durar o dia todo ligado.

Temos boas notícias: os telemóveis mais económicos têm baterias bastante duradouras, muitas vezes bem mais do que os smartphones de gama alta. Isso deve-se a ecrãs de menor resolução e processadores menos potentes, que exigem menos da bateria.

Procure telemóveis cuja bateria ronde os 2.000 mAh, será o suficiente para aguentar um dia completo, embora isso seja sempre subjetivo do uso que se dá ao aparelho. Pode apostar numa bateria com mais capacidade, para prevenir as vezes em que se vai esquecer de colocar a carregar durante a noite e mesmo assim ter bateria no dia seguinte.

Em último caso, poderá considerar adquirir um powerbank: há muitos modelos disponíveis para os mais variados orçamentos, não será difícil de escolher a bateria extra mais indicada.

 

Apps para controlo parental

Uma preocupação séria para os pais é que os seus filhos sejam expostos a conteúdo inapropriado na Internet ou que entrem em contacto com alguém que não deveriam — partindo do princípio que o modelo que escolheu é um smartphone com acesso à rede.

Felizmente, existem aplicações de controlo parental disponíveis para vigiar os hábitos online do seu filho e até a sua localização. Algumas permitem definir limite de tempo de uso, criar agendas diárias, definir períodos de bloqueio, filtrar conteúdo online, monitorizar e bloquear chamadas e até incluir um “botão de pânico”, para que a sua criança o possa contactar imediatamente em caso de emergência.

Sugerimos a Kidslox ou a Qustodio, ambas disponíveis para iOS e Android.

Depois de ler este artigo, esperamos, está mais informado acerca das possibilidades no que se refere a um telemóvel para crianças e pode ficar mais descansado sabendo que a maior parte dos perigos que este equipamento pode representar podem ser evitados.

// RPT

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