Desde o surgimento da pandemia do coronavírus que se verifica um aumento significativo no reencaminhamento de mensagens. Os responsáveis pela aplicação temem que isso possa contribuir para a propagação de informação falsa, pelo que foi estabelecido um novo limite: só é possível encaminhar mensagens para uma conversa de cada vez.
O WhatsApp, serviço de mensagens privadas, tem-se tornado cada vez mais popular, seja através da app para smartphones ou através do WhatsApp Web, ao qual pode aceder num qualquer browser no seu computador ou tablet. Desde o início do confinamento e distanciamento social que as pessoas usam este tipo de plataformas para se manterem em contacto com os seus entes queridos e não só.
Todas as mensagens e chamadas no WhatsApp são protegidas com a criptografia de ponta a ponta por padrão, para garantir que o utilizador tenha um espaço seguro para as suas conversas mais privadas.
O facto de esta rede social ser reconhecida pela forma como garante a privacidade e a segurança nas suas conversas também tem o reverso da medalha: é demasiado fácil reencaminhar mensagens cuja origem se desconhece. Assim, o serviço adicionou uma etiqueta de setas duplas para indicar claramente ao remetente que a mensagem não foi criada pelo contacto que as enviou.
O que se tem verificado desde há algum tempo é que muitas mensagens encaminhadas podem conter informações falsas, as denominadas fake news, o que pode ter consequências graves, principalmente nesta altura de pandemia do coronavírus, em que as emoções então ao rubro e muitas pessoas partilham (com ou sem intenção) conteúdo falso.
Como forma de combater essa situação, o WhatsApp já no ano passado impôs um limite de reencaminhamento de mensagens, por forma a evitar a viralização de desinformação.
Se por um lado há quem encaminhe “informações úteis, vídeos divertidos, pensamentos ou orações que têm um significado especial e pessoal, e até homenagens aos profissionais de saúde” para os seus contactos, também há quem espalhe mensagens que “podem contribuir para a disseminação de boatos e informações falsas”, assim é afirmado num comunicado por parte da equipa do WhatsApp.
Assim sendo, o limite de reencaminhamento de mensagens foi atualizado, de forma a que as “mensagens só possam ser encaminhadas para uma conversa por vez“.
Para além desta medida, no mesmo comunicado o WhatsApp referiu estar a trabalhar “diretamente com governos e organizações não governamentais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e ministérios da saúde de mais de 20 países, para ajudar a levar informações confiáveis à população”.
Já é possível, desde o final de março, abrir um canal de conversa automático com a OMS e para esclarecer dúvidas sobre a covid-19.
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