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Trotinetas elétricas: boas práticas para a sua utilização

Trotinete electrica Segway ES1

As trotinetas elétricas são uma moda que veio para ficar. Nunca é demais recordar as regras e boas práticas para que veículos e peões possam coexistir em segurança. 

Com certeza já deve ter reparado nas imensas trotinetas elétricas que estão um pouco por todo o lado. O uso de e-scooters cresceu 300% no ano passado em comparação com 2017. Tem ganhado popularidade junto dos turistas — que são cada vez mais em Portugal — e junto da população mais jovem, que encontrou um modo de locomoção prático, divertido e barato.

Com a popularização destes equipamentos, as administrações regionais vêm-se a braços com a necessidade de regulamentar a sua circulação. O que não é fácil, porque estes veículos aproximam-se do trânsito e, ao mesmo tempo, do que é considerado pedestre.

A mais recente moda da mobilidade urbana aparenta estar a tornar-se um hábito no dia-a-dia de quem percorre alguns quilómetros nas cidades. Para que o façam com toda a segurança e em respeito pelo próximo, há que ter conhecimento de algumas regras e boas práticas de utilização do veículo.

 

Trotinetas: um fenómeno de rápido crescimento

Em 2018 chegavam à capital portuguesa as primeiras trotinetas elétricas, com a empresa Lime. Apenas seis meses depois, já existiam outras seis empresas no mercado lisboeta. Este meio de mobilidade urbana sustentável já chegou, entretanto, às cidades de Faro e Coimbra.

A variedade de empresas que disponibiliza estes veículos é bastante, mas a dinâmica é sempre a mesma: usa-se a aplicação da empresa no smartphone para desbloquear a e-scooter — cujo custo é 1 euro, proximamente — e, a partir daí, são contabilizados os minutos de uso, que custam cerca de 15 cêntimos cada.

Encontra-se uma dessas trotinetas na rua e, no fim da viagem, pode-se deixá-la em qualquer lugar. Apesar dos seus benefícios para a saúde e para o meio ambiente, não foi sem polémica que as trotinetas proliferaram.

 

Comportamentos a evitar

Quem diria que um veículo tão pequeno poderia gerar a controvérsia que se veio a verificar. Não nos referimos a quem é proprietário de uma trotineta, mas sim a quem a “aluga”.

Já foram registadas situações de estacionamento abusivo e até comportamentos de perigo na circulação. Se já é comum ver trotinetas no meio de passeios ou caídas em qualquer lugar — impedindo, por vezes, vias de acesso para quem tem mobilidade reduzida —, o não cumprimento de regras de trânsito é também um dos outros problemas que invadiu as cidades.

 

Circulação: como se fosse uma bicicleta

O único veículo a que se podem equiparar as trotinetas elétricas são as bicicletas, cujas regras de circulação estão bem definidas na lei portuguesa em vigor. É possível assumir, portanto, que as mesmas regras podem ser aplicadas às e-scooters.

Assim sendo, podem circular tanto nas vias rodoviárias, como nas ciclovias, mas não no passeio. Nas estradas, é possível circular nas bermas, desde que não se coloque em perigo ou se perturbe os peões que nelas circulam. As regras de cedência de passagem também são aplicáveis e os veículos motorizados devem guardar uma distância lateral mínima de um metro e meio da trotineta.

 

Estacionamento nos hotspots designados

A Câmara de Lisboa é clara: trotinetas são para ficar estacionadas nos hotspots designados. Em comunicado, a autarquia lisboeta explicou que o objetivo era alertar para as situações de mau uso do espaço público, no qual os novos fenómenos de mobilidade partilhada, as trotinetas, devem obedecem às regras dos restantes velocípedes no que se refere a estacionamento e circulação.

Conclui-se, portanto, que bicicletas e trotinetas têm que ficar estacionadas em locais designados para tal e circular na estrada ou na ciclovia.

 

Bom-senso: a melhor solução

Esta nova forma de mobilidade ainda carece de regras oficiais. No entanto, empresas como a Lime, a pioneira deste empreendimento, têm recomendações que podem ser seguidas por todos: usar capacete, ter mais de 18 anos, fazer sinal com os braços ao mudar de direção, estacionar junto aos passeios, respeitar a velocidade e as vias permitidas — estradas e ciclovias —, não usar telemóvel, não beber e não vandalizar.

A boa utilização do espaço público e respeito pelas vários opções de mobilidade cabe a cada um de nós. Se pretende adquirir uma trotineta e não tem a certeza de como se comportar, basta recorrer ao bom-senso. Em caso de dúvida, isso costuma ser a melhor solução.

// RPT

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