Há muito que se lhe diga sobre as baterias que carregam os nossos smartphones. Fique a conhecer as baterias Li-Po e os cuidados que deveria ter caso o seu telemóvel as integre.
Quando falamos em baterias Li-Po referimo-nos a baterias de polímero de lítio, as quais são conhecidas pelas suas grandes capacidades, tanto de armazenamento, como de descarga energética muito elevada.
Ao mesmo tempo, devido às suas grandes capacidades, também exigem certos cuidados na sua utilização. Por isso, iremos dar-lhe a conhecer esta qualidade de baterias.
O que são as baterias Li-Po?
Uma bateria Li-Po contém sais de lítio retidos num polímero sólido, como o óxido de polietileno (no lugar de solventes). Se isto lhe pareceu incompreensível, traduzindo para termos leigos significa que é uma bateria altamente adaptável a diferentes formatos e com altas taxas de descarga.
Cada célula da sua constituição é medida em 3,7 V (tensão nominal), mas, quando utilizada em série, transforma-se em baterias Li-Po 2s (com 7,4V), 3s (com 11,1V), 4s (14,8V) e assim por diante.
A capacidade de armazenamento de uma bateria é medida em mAh (miliampere-hora). Quanto maior for o valor da bateria em mAh de um determinado equipamento, maior será a carga da bateria.
Li-Po vs Li-Ion: os dois tipos de bateria
Regra geral, os smartphones atuais incorporam uma de duas baterias: as baterias Li-Po (Polímero de Lítio), razão deste artigo, ou as Li-Ion (íon de lítio).
Quais as diferenças que existem entre elas e quais as vantagens de uma em detrimento da outra? Se as baterias são diferentes, de que forma essa diferença influencia a duração da carga do equipamento?
Na base dos dois tipos de bateria está um material em comum: o lítio, um tipo de metal alcalino. Quando é estabelecida uma comparação entre alguns metais num mesmo ambiente com condições iguais de temperatura e pressão — nomeadamente o lítio, o sódio, o potássio, o rubídio, o césio e o frâncio —, o lítio é o que se apresenta como sendo o mais leve e menos denso.
Destaca-se também por se apresentar como o mais capaz para produzir eletrões, ou seja, aquele que tem o melhor potencial eletroquímico de produzir carga elétrica negativa.
Outra vantagem deste metal em relação a outros metais alcalinos é que concilia as melhores relações entre peso e capacidade de armazenamento de energia, o que significa que é o mais eficaz para ser usado na composição de baterias.
Assim, o lítio constitui metade de uma bateria, seja Li-Ion ou Li-Po, e depois esta é completada por outros metais (nas baterias Li-Ion) ou por polímeros (nas baterias Li-Po).
Em comparação, as baterias Li-Po são mais leves, finas, flexíveis e capazes de armazenar mais energia. Assim sendo, devem ser as mais usadas, não? A verdade é que não, devido a um motivo muito simples: o custo de produção. Este é superior às baterias Li-Ion, motivo pelo qual as marcas ainda apostam mais nestas últimas em detrimento das Li-Po, inclusive em gamas altas.
Para já, as vantagens das baterias Li-Po acabam não compensam o custo elevado. Para além disso, ambos os tipos de bateria são recarregáveis, contam com desempenho energético semelhante e têm um ciclo de vida parecido.
De referir, ainda, que nenhuma das duas corre o risco de ficar ‘viciada’, como acontecia com os telemóveis de há uns anos. Significa isto que não precisa de esperar que a bateria descarregue para a carregar — pode fazê-lo em qualquer momento, independente da percentagem, sem que isso possa causar danos. Também não há problema em deixar o carregador ligado depois de a carga estar completa.
As baterias Li-Po não são exclusivas dos smartphones e podem ser encontradas noutros aparelhos, como por exemplo, em computadores portáteis.
Em resumo, o principal ponto de diferenciação destas baterias é que armazenam o dobro da capacidade de energia de uma bateria de iões de lítio do mesmo tamanho. Há mais semelhanças do que diferenças entre as baterias Li-po e as baterias Li-Ion. Dito isto, os custos de produção diferem bastante entre as duas.
// RPT