Os antivírus, tal como toda a tecnologia, têm evoluído bastante nos últimos tempos. Mas será que precisamos mesmo de um software antivírus? Afinal, para que serve? Como funciona? Respondemos a estas e outras questões.
É provável que já tenha ouvido falar de software antivírus. É uma componente básica de quase todos os computadores desde os anos 90. Provavelmente, já teve algum técnico de informática a aconselhá-lo a proteger o seu sistema recorrendo ao antivírus que estiver em vigor na altura.
Se as práticas online que usar forem as recomendadas — não clicar em links ou anexos de e-mails desconhecidos, não visitar sites duvidosos, utilizar lojas de aplicações oficiais, entre outras — não estará a dar muito que fazer ao seu antivírus. No entanto, é provável que esteja a funcionar em segundo plano, a protegê-lo sem que se aperceba.
Mas o que é software antivírus e como funciona? Pode parecer um assunto complicado, mas não é bem assim. Ter algum conhecimento deste tipo de temas é a melhor ferramenta que terá em sua posse para tomar decisões informadas e escolher a melhor solução para o seu caso — que é, aliás, o objetivo do RP Tech. Vamos a isso?
O que é um antivírus?
O software antivírus é uma ferramenta que examina dados — páginas da web, ficheiros, software, aplicações — que viajam através da Internet para os seus dispositivos. O antivírus procura ameaças já conhecidas e monitoriza os comportamentos de todos os programas, sinalizando comportamento atípico.
O seu objetivo é detetar e erradicar vírus de computador e malware — software nocivo ou mal-intencionado — o mais rápido possível. Esta é uma componente vital para garantir a segurança online dos seus equipamentos, protegendo-os contra invasões nos seus dados, além de outras ameaças.
A proteção antivírus é essencial, dada a quantidade imensa de ameaças virtuais que surgem constantemente. Se não tem um software de proteção instalado, poderá correr o risco de ser “infetado” por um vírus ou ser alvo de um malware. Qualquer destas ameaças pode permanecer sem ser detetada e causar danos nos seus equipamentos ou permitir aos cibercriminosos invasão de privacidade.
Se, por outro lado, já tem um software antivírus, pode, mesmo assim, não estar devidamente protegido. Com ameaças cibernéticas novas e mais avançadas a cada dia que passa, é importante manter-se atualizado com as últimas novidades em proteção.
Como funciona?
O software antivírus recorre a determinados métodos para garantir proteção contra ameaças. Entre esses métodos encontram-se a capacidade de identificar ficheiros específicos para detetar malware, agendar verificações automáticas, a seu pedido investigar um único ficheiro ou todo o seu sistema, apagar códigos e software mal-intencionado e averiguar a a segurança do seu computador e outros dispositivos.
Como funciona o antivírus?
Quando as ameaças proliferam e evoluem constantemente, os sistemas de proteção têm de fazer o mesmo. As melhores soluções anti-malware atuais usam uma combinação de diferentes táticas para ajudar a proteger todos os seus dispositivos e redes.
Há três métodos mais comuns: por assinatura, monitorização comportamental e machine learning.
Por assinatura — o Modus Operandi dos malwares
Malware — ou software malicioso — instala vírus e spyware no seu computador ou dispositivo sem o seu conhecimento. Essencialmente, pode roubar as suas informações pessoais e fornecer aos cibercriminosos acesso aos seus dispositivos — tanto a nível de dados armazenados, como a possibilidade de controlar as suas atividades.
O software antivírus de assinatura de malware deteta o “Modus Operandi” de software mal-intencionado. A proteção antivírus pode verificar códigos específicos, identificar o que está errado e exterminar esses programas.
Embora a proteção antivírus de assinatura seja essencial para detetar e erradicar vírus conhecidos, tem uma grande desvantagem: a incapacidade de lidar com novas ameaças.
Monitorização comportamental — comportamento suspeito
Este tipo de proteção monitoriza o sistema do nosso computador com o objetivo de detetar comportamentos suspeitos ou atípicos por parte do utilizador (que somos nós).
Por exemplo, é dado um alerta quando o utilizador entra em sites aos quais não costuma aceder. O mesmo acontece quando há a tentativa de aceder a um grande número de ficheiros arquivados ou até quando há um aumento significativo no uso de informação armazenada. Não se preocupe, o antivírus irá diferenciar entre o que é o utilizador e um possível ataque à segurança.
Machine learning — comportamento suspeito do computador
Da mesma forma que o comportamento do ser humano pode ser analisado, também as máquinas podem ser vigiadas. Esta forma de antivírus inspeciona o comportamento de computadores e de redes. É capaz de limitar atividades de programas ou de computadores se parecerem suspeitos.
Mais especificamente, implementa algoritmos para facilitar a deteção de malware que é mais abrangente. Esse tipo de proteção antivírus é particularmente útil porque funciona em conjunto com outros aplicativos para fornecer várias camadas de proteção.
Quais são as ameaças?
Os cibercriminosos — hackers — usam o malware para aceder ou danificar o nosso computador sem o nosso conhecimento. O antivírus trabalha para que possamos continuar as nossas atividades sem nos preocuparmos com as ameaças constantes a que estamos sujeitos.
No entanto, é importante termos conhecimento de quais são essas ameaças: spyware — invasão de privacidade e roubo de informação confidencial, ransomware — rapto de ficheiros e dados do nosso sistema e pedido de resgate (extorsão) para os reaver, vírus, spam — e-mails indesejados, adware — publicidade indesejada, worms — programas mal-intencionados que danificam o sistema e se multiplicam e trojans — malware que se disfarça de programas não nocivos.
Software antivírus gratuito: funciona?
Não há almoços de graça, já diz o ditado. De facto, os programas antivírus gratuitos são suportados com publicidade e também instalam lixo eletrónico no seu computador. Os downloads gratuitos também podem ocultar malware, pelo que deve apenas fazê-lo em sites de confiança.
Proteção contra roubo de identidade, segurança para o telemóvel e opções de suporte para segurança de dados são recursos muito importantes e não costumam estar incluídos nos planos gratuitos. Cada um sabe o quanto vale a sua segurança.
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