A evolução da TV, desde o ecrã a preto e branco até 8K

Toshiba TV na parede e armário em baixo

Desde o seu início a preto e branco, até à fenomenal resolução de 8K, venha connosco nesta pequena viagem pela história da TV.

O televisor, equipamento quase “obrigatório” em todos os lares, evoluiu consideravelmente ao longo dos anos. A tecnologia avança e o espetador também se torna mais exigente. Queremos sentir realmente o que visualizamos, sermos parte da ação que passa no ecrã.

Quando vemos ecrãs televisivos que ocupam paredes inteiras da sala de estar, até é fácil esquecer que um dia estes aparelhos nada mais eram do que grandes caixas quadradas, cuja “moldura” era bastante superior ao ecrã — principalmente em profundidade.

Nesse sentido, vamos recordar a evolução deste equipamento e as várias fases pela qual passou até chegar aos dias de hoje.

 

A primeira TV

Aquele que é considerado o primeiro aparelho televisivo hoje seria praticamente irreconhecível. Assemelhava-se a um antigo rádio, ou seja, era uma grande caixa quadrada.

No entanto, a tecnologia envolvida neste equipamento — um processo que gerava vídeo para acompanhar o som — era bastante revolucionária para a altura.

Foi o inventor escocês John Logie Baird que, em 1946, conseguiu usar este aparelho para transmitir uma imagem em movimento, durante aquela que seria a primeira demonstração pública da TV ao vivo. Na altura, ninguém podia imaginar no sucesso que teria e no uso recorrente que viria a ter.

 

O preto e branco chega às casas

As primeiras memórias de um televisor antigo são os ecrãs a preto e branco e com uma imagem pouco clara e com disrupções. Hoje, essa tecnologia é, naturalmente, mais do que obsoleta, mas na altura popularizou-se como a novidade que era.

A imagem monocromática era transmitida através de um tubo de raios catódicos (TRC), usando um único feixe. Assim, as TVs tinham de ser grandes e com formato de caixa para permitir o uso desse TRC.

 

Chegam as transmissões a cores

Para explicar de forma simples, a difusão de cor é possível pela emissão combinada de três imagens monocromáticas, uma em cada banda de vermelho, verde e azul (RGB). Quando em rápida sucessão, estas cores misturam-se para produzir a imagem tal como a conseguimos ver.

Nos Estados Unidos a cor chega em 1950, mas os preços algo elevados dos aparelhos televisivos fizeram tardar a transição do preto e branco. Na Europa, as emissões começaram em 1966 e a divulgação deste sistema de cores foi bastante rápida.

 

LCD e LED: os ecrãs ficam planos

Após décadas de aparelhos volumosos, verdadeiros cubos que ocupavam imenso espaço da divisão onde estavam, surge o ecrã plano no final dos anos 90 e o entretenimento doméstico mudava a sua aparência.

O LCD, ecrã de cristal líquido, tem quantidades controladas de luz que podem brilhar através de células individuais atrás do ecrã para criar uma imagem. Isso significa que os ecrãs poderiam ser consideravelmente mais finos e muito adequados para a colocação nas paredes, já para não falar do benefício de ocuparem muito menos espaço.

Entretanto, o LCD foi substituído pelo LED — que significa díodo emissor de luz —, que em vez de ter várias lâmpadas atrás do ecrã, tem uma grande quantidade de pequenas LEDs.

 

A evolução na resolução da TV

Entra em cena a Alta Definição (HD)

A definição padrão SD deu lugar à high definition — HD —, levando a uma melhoria considerável no que se refere à qualidade de imagem dos ecrãs. A experiência de visualização foi elevada e proporcionou-se uma aparência muito mais nítida, realista e detalhada dos conteúdos.

De seguida, o Full HD veio duplicar a resolução: de 1280×720 passamos para 1920×1080 pixeis, e os espetadores puderam, uma vez mais, sentir a diferença na experiência.

A 4K e a Ultra High Definition

O passo seguinte chegou sobre a forma de Ultra High Definition — UHD — ou 4K. Ainda hoje não são assim tantos os consumidores que já têm uma destas TVs em casa, uma vez que ainda é uma tecnologia recente.

Um dos maiores avanços em aparelhos televisivos nos últimos anos, o 4K Ultra HD oferece uma imagem 4 vezes mais nítida que o Full HD. À medida que a tecnologia avança, estes aparelhos tornam-se cada vez mais acessíveis e cada vez mais agradáveis de ter na sala.

 

A tecnologia

Smart TV: as TVs com ligação à Internet

A resolução continuava a duplicar e até a quadruplicar quando um novo passo gigante era dado na tecnologia televisiva: nasciam as “TVs inteligentes”, com ligação à Internet e o paradigma era, para sempre, alterado.

O consumidor já não queria apenas um ecrã com imagens ricas e profundas. A segunda década do século XXI fica marcada pela exigência do espetador em ter os conteúdos televisivos à sua disposição. A programação pré-definida já não é aceitável.

As Smart TVs — tal como os aparelhos de media streaming — permitem o acesso à wi-fi e a serviços de streaming, como a Netflix, a Amazon Prime, a HBO, entre outros. Agora é o consumidor que decide o que quer ver e quando quer ver.

O incrível contraste das OLED

Introduzidas no mercado pela marca LG, a tecnologia OLED — Organic Light Emitting Diode — é baseada no facto de cada pixel do ecrã emitir luz própria.

A maior parte das OLED não têm mais de um centímetro de espessura e muitas são desenhadas para estarem presas à parede. Esta tecnologia resulta num elevado nível de contraste e de pureza das cores. A flexibilidade destes ecrãs permite a produção de modelos com ecrãs curvilíneos.

… e o preto profundo das QLED

Depois foi a vez da Samsung introduzir as QLEDs, cujos pontos quânticos nanoestruturados são partículas ajustadas com precisão, que transformam a luz nas mais de mil milhões de cores exibidas na nova TV.

Cada área é analisada, uma imagem após a outra, controlando a luz de fundo em cada uma delas, de forma precisa, para conferir maior profundidade e detalhe. Este processo proporciona pretos mais escuros, menos reflexos de luz e, consequentemente, uma experiência visual mais densa em detalhes.

Cinema em casa: ecrãs curvos

A batalha constante dos fabricantes de televisores é a de criar uma experiência de visualização imersiva para os espetadores. Um passo importante foi dado com o surgimento dos ecrãs curvos, que se assemelham aos encontrados no cinema.

Este modelo corresponde à sua visão periférica, oferecendo um campo de visão muito mais amplo. Assim, obtém a mesma qualidade de imagem onde quer que esteja sentado na sala.

 

O culminar da tecnologia televisiva: 8K

Com o dobro da quantidade de pixels horizontais e verticais da 4K, uma TV de 8K tem o dobro da nitidez, do detalhe, do contraste, do alcance das cores. Ou seja, o dobro da emoção.

Este nível de resolução é tão elevado que apesar de já existirem aparelhos televisivos que o disponibilizam, o mesmo não pode ser dito acerca do conteúdo. Ainda assim, qualquer conteúdo terá um aspeto bem melhor ao ser assistido num equipamento deste calibre.

A 8K é a melhor resolução que existe atualmente e é o culminar da evolução da televisão. Se agora já ficamos impressionados, resta saber o que nos aguarda o futuro.

// RPT

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