Um bom apreciador de música certamente conhecerá os famosos vinis e (quem sabe) terá em casa um gira-discos para ouvir os seus álbuns favoritos. Neste artigo exploramos a história dos discos vinis, desde a sua origem à atualidade, e vamos perceber a razão para voltarem a estar na moda.
Os discos vintage, que facilmente podiam cair em desuso, têm registado uma crescente popularidade nos últimos anos — e parece que o gosto pelos gira-discos e discos antigos veio para ficar.
Uma breve história dos discos vinil
Há muito que os artigos vintage têm voltado a ser tendência, quer seja para serem usados em decoração, entretenimento ou simplesmente para recordar os clássicos do passado.
Das câmaras fotográficas analógicas e instantâneas aos gira-discos que fazem relembrar os hits dos anos que passaram, os produtos vintage têm ganho cada vez mais adeptos e as marcas voltaram a apostar no design de produtos que relembram o passado, mas com especificações e tecnologia do futuro.
Hoje falamos-lhe de vinis. Os discos vinil têm encantado ouvintes e colecionadores desde 1900. Desde que a RCA Victor lançou o primeiro disco comercial de vinil de longa duração em 1930, a popularidade do vinil continuou a crescer.
A origem dos vinis
Os primeiros discos vinil foram criados para reprodução a 33 1/3 rpm e pressionados em discos plásticos flexíveis de 12” de diâmetro.
Inicialmente foram um fracasso comercial, devido à hesitação do consumidor durante a Grande Depressão (1929) e à falta de equipamento de reprodução para o cidadão comum.
No entanto, a partir de 1939, a Columbia Records continuou a desenvolver a tecnologia do vinil e, em 1948, lançou o disco de 12 ”Long Play (LP) 33 1/3 rpm microgroove.
A rivalidade acesa entre a RCA Victor e a Columbia Records levou à introdução de outro formato concorrente pela RCA, o Extended Play (EP) de 7 ”/ 45 rpm. O período em que ambos os formatos lutaram pelo domínio de 1948-1950 foi conhecido como a “Guerra das Velocidades”.
O Vencedor da Guerra
Após alguns anos de competição, o LP de 12 ”/ 33 1/3 rpm tornou-se no formato predominante para álbuns, e o de 7” tornou-se o formato de eleição para singles.
Os EPs da RCA ofereciam um tempo de reprodução semelhante aos discos de 78 rpm, e os LPs forneciam até 30 minutos de reprodução de cada lado.
No início dos anos 60, os consumidores aderiram aos LPs stereo, e os LPs mono convencionais pararam de ser fabricados em 1968.
A concorrência das cassetes e CDs
A Phillips lançou a primeiro cassete em 1962 e este avanço na indústria musical ofereceu ao vinil uma forte competição. Visto que as fitas eram mais portáteis e capazes de retroceder, avançar, pausar, reproduzir ou parar com o toque de um botão, os consumidores aderiram à nova tecnologia.
Em 1974, a Phillips também começou a desenvolver o Compact Disc (CD), que usurparia completamente o mercado de vinil em 1988.
De 1988 a 1991, houve um declínio contínuo nas vendas do vinil, tendo apenas os colecionadores e audiófilos a permanecerem fiéis ao formato do vinil.
O renascimento do vinil
Após décadas de música armazenada em mp3s e mp4s, discos rígidos de computador e plataformas de música como o iTunes e o Spotify, o vinil ressurgiu no final dos anos 2010.
O ano de 2017 marcou o décimo ano consecutivo de crescimento do vinil, em parte graças ao indie rock, o surgimento de mais lojas de discos e feiras de antiguidades.
A atualização dos gira-discos por parte de empresas de tecnologia como a Denver, Sony, SoundMaster e a Crosley também potenciou o crescimento das vendas e a popularidade dos vinis voltou a estar em alta.
Atualmente, os gira-discos têm um design vintage, mas uma maior potência e desempenho áudio. Caso queira dar um boost maior ao som do seu gira-discos, pode facilmente ligá-lo a colunas portáteis, aumentando assim o som e duplicando a diversão.
Limpeza e Manutenção
A limpeza dos seus discos é crucial para garantir a proteção dos seus vinis. Existem lojas de discos que fazem esse trabalho profissional de limpeza por si, de forma a trazer os seus discos sujos de volta à vida.
A música vai estar sempre presente nas nossas vidas, e o suporte que escolhe para a ouvir fica inteiramente à sua disposição.
Dos gira-discos às aparelhagens de som ou das colunas portáteis às soundbars, com certeza encontrará um equipamento que lhe vai trazer experiências sonoras verdadeiramente memoráveis.
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