Que tipo de sala de aula vão ter os mais jovens este ano? Para aqueles que ainda estão num sistema de aprendizagem online (ou híbrido) há que permanecer atento à segurança e às boas práticas neste mundo virtual. Vejamos a que devem estar atentos os pais e/ou os encarregados de educação.
Neste final de verão, muitos alunos regressam às aulas a tempo inteiro. No entanto, assim como alguns locais de trabalho atualmente permitem o trabalho remoto, algumas escolas acomodam ambientes de aprendizagem híbridos.
Assim, nasce um novo e mais flexível estilo de aprendizagem que depende de computadores, acesso à Internet e aplicações que conectam alunos a professores e a recursos de aprendizagem. É também uma tendência que apresenta alguns riscos, incluindo violações de dados pessoais.
Há várias implicações para a segurança cibernética, pelo que é importante discutir os riscos existentes e formas de proteger alunos de todas as idades.
Dicas de segurança digital para alunos e pais
1 Defina diretrizes para o uso da câmara
Câmaras e videochamadas tornaram-se uma parte integrante da experiência de aprendizagem online. Quando a pandemia de coronavírus rebentou, em abril de 2020, foi notório o download maciço de aplicações de videochamadas e nas ‘dores de crescimento’ relacionadas com a habituação do uso das mesmas.
Partilhas não intencionais, câmaras ligadas em momentos inconvenientes e também houve quem aprendesse a usar os fundos falsos com consequências hilariantes.
Embora muitas dessas falhas tenham sido corrigidas ao longo do tempo — quanto mais não seja pela habituação ao uso das ferramentas —, para os alunos em aulas online a privacidade está em risco sempre que usam uma câmara.
No caso de alunos mais jovens, onde a presença parental é mais necessária, converse com eles e com os professores de forma a descobrir os horários mais apropriados para uso da câmara. Quando esta não estiver a ser usada, ensine o seu filho como a tapar para assegurar privacidade — mesmo que o computador indique que está desligada.
Alguns computadores portáteis atuais já incluem algum tipo de botão ou outra barreira física que bloqueia a câmara.
Os adolescentes já têm mais autonomia e as aplicações de videochamadas e similares são uma parte integrante natural da sua vida social e escolar — seja ou não online. Assim, será boa ideia lembrá-los de nunca aceitar videochamadas, partilhas de ecrã, mensagens instantâneas, chamadas ou ficheiros no geral de desconhecidos, mesmo que seja uma app com a qual estão familiarizados.
2 Use ferramentas de segurança online
É importante recorrer a ferramentas que protegem os equipamentos — e, por inerência, os utilizadores das mesmas — enquanto os seus filhos estão a ter aulas online.
A boa notícia é que, embora esta aprendizagem num mundo digital seja uma novidade, há mais ferramentas do que nunca para ajudá-lo a fazer isso com segurança. Um pacote de segurança abrangente, como um dos produtos da McAfee, contém muitas dessas ferramentas de segurança num só pacote.
Uma dessas ferramentas de segurança online é o Controlo Parental. Um bom pack de Controlo Parental permite não apenas restringir o acesso a sites, mas também definir limites de tempo de ecrã e monitorizar a atividade nos dispositivos dos seus filhos.
No caso de estudantes mais velhos, como no ensino secundário ou mesmo universitário, é recomendado o uso de uma VPN. Esta é uma ferramenta poderosa para proteger a sua privacidade online. Ensine os seus filhos adolescentes a estabelecer uma conexão segura com a Internet sempre que fizerem login usando uma VPN (rede privada virtual) para ocultar as suas atividades e detalhes de conexão de olhares indiscretos.
3 Faça bons investimentos nas ferramentas de aprendizagem
Para a aprendizagem online há um equipamento absolutamente fundamental: o computador, através do qual os seus filhos terão acesso a tudo.
Este aparelho representa um investimento importante. Afinal, é importante que os alunos sejam capazes de se conectar com segurança, comunicar-se facilmente e realizar qualquer tipo de trabalho online que precisem de fazer. Assim, deve estar particularmente atento a esta questão e ponderar seriamente antes de adquirir um computador.
4 Manter alguma informação sempre privada
Há várias aplicações a serem usadas para facilitar a aprendizagem online e é provável que estas exijam que os alunos se registem, façam login e/ou forneçam algum tipo de identificação do estudante. Apesar de ser necessário alguns dados, há algumas informações que os seus filhos não devem fornecer sob nenhum pretexto.
Antes de mais, não usar o endereço de e-mail pessoal. Deverão ser as escolas a fornecer algum tipo de dados de identificação, como um endereço de e-mail ou nome de utilizador e password. Caso a escola não forneça essa informação, poderá criar um e-mail apenas para o efeito.
O aluno não deve colocar demasiadas informações pessoais no seu perfil. Localização, números de telemóvel e datas de nascimento devem permanecer em sigilo.
Como responsável de educação, certifique-se de que o estudante mantém as suas informações de login para aplicações educacionais sempre privadas e que estes não as partilham com ninguém, incluindo colegas de turma.
5 A aprendizagem online é um assunto de família
O mundo digital pode representar um desafio para as gerações mais velhas, que nem sempre conseguem acompanhar os avanços da tecnologia. No entanto, é importante acompanhar o estudante enquanto este avança pelos meandros das aulas em casa.
Para os mais jovens deve ser criado um espaço de trabalho em casa suficientemente silencioso, para que possa executar as suas tarefas eficazmente, mas também deverá ser um local no qual este que possa ser facilmente ‘vigiado’ pelos responsáveis de educação.
Esta vigilância ativa deve permanecer, mesmo no caso dos alunos mais velhos, que já se encontram na adolescência. Os responsáveis de educação devem manter-se por perto, observar as atividades online quer estes estejam a aprender ou apenas a conviver virtualmente com os amigos.
O ideal, aliás, é que sejam os próprios pais ou tutores a exemplificar com os seus comportamentos, usando os dispositivos eletrónicos abertamente e praticando bons hábitos de segurança virtual.
6 Ensine boas maneiras online
A forma como os alunos se comportam dentro e fora da sala de aula também é um dos focos na sua educação. Neste mundo virtual, os estudantes usam fóruns, chats e até as redes sociais para comunicar. Nestes ambientes, o conceito de ser um bom cidadão é igualmente importante.
Converse com o seu filho ou educando sobre o que é esperado da sua conduta online. Monitorize as aplicações que estes usam para a escola — e fora dela — e certifique-se de que eles entendem o que é apropriado escrever nestas.
É importante realçar de que tudo o que vai parar à Internet não volta a sair e mensagens que podem parecer inofensivas entre amigos podem gerar problemas quando surgem em público. E há que recordar que não existe privacidade na partilha de informação online: contar a um é o mesmo que contar a todos.
Afinal, as mensagens podem acabar por ir parar aos olhos de professores, diretores de escola ou até oficiais de admissão da faculdade. Ajude-os a compreender que criar um espaço seguro para aprender exige o esforço de todos, não apenas dos professores.
7 Não descuidar as pausas offline
Há um motivo pelo qual as escolas primárias têm recreio e as escolas secundárias têm intervalos para o almoço. As pausas para esticar as pernas, apanhar ar fresco e relaxar são essenciais e também devem ser aplicadas na aprendizagem online. Aliás, no atual mundo virtual, as pausas offline são mais importantes do que nunca.
Os mais jovens devem fazer uma pausa pelo menos a cada 30 minutos para caminhar ou alongar o corpo. Tempo de descanso com qualidade contribui para maior produtividade durante as aulas.
Um adolescente pode ter um período de atenção mais longo, mas os intervalos ainda são muito importantes. O crucial é que não passem o intervalo com outro ecrã à frente dos olhos.
// RPT
