Adquirir uma TV nova não tem de ser um processo complicado se tiver algumas noções das características a que deve estar atento, de forma a tomar uma decisão de compra informada. Neste guia muito completo encontrará toda a informação que precisa.
Se conceitos como “resolução”, “NEOQLED” e “OLED” lhe são completamente desconhecidos, este artigo é para si. É certo que as TVs evoluíram bastante e há vários termos que nem existiam há uns anos, pelo que pode sentir-se perdido. Vamos expor os conceitos principais que tem de conhecer e em breve estará com a sua TV nova em casa.
6 questões antes de adquirir uma TV nova
1 Há um tamanho ideal de TV?
Escolher o tamanho de TV ideal para a divisão onde pretende localizá-la não é uma questão de medir a altura e a largura do espaço onde a vai colocar, mas sim a distância em relação ao ecrã. Para encontrar essa distância ideal siga esta equação (que na verdade é apenas uma simples divisão):
Distância de visualização da TV / 2 = Tamanho recomendado da TV
Não se esqueça de usar a mesma unidade de medida nas duas variáveis (polegadas). Comece por medir a distância entre o local onde se vai sentar para usufruir da TV e o espaço onde a TV estará. Digamos que a distância é de aproximadamente 3 metros, ou cerca de 118 polegadas. Comece por dividir 118 por 2, o que dá 59 polegadas. Assim sendo, é esse o tamanho indicado da TV para si.
2 Resolução: quanto maior, melhor?
Um pixel é um dos milhões de pequenos quadrados que formam uma imagem no ecrã. A resolução de uma TV é o número de pixeis dispostos verticalmente (altura) multiplicados pelos exibidos horizontalmente (largura). Quanto mais pixeis uma TV tiver, mais nítida e realista será a imagem.
Assim, quanto maior a resolução, melhor a qualidade de imagem, mas isso não quer dizer que tenha necessariamente de adquirir a maior resolução que existe ao adquirir uma TV nova. Os aparelhos em Full HD ainda são atuais, mas o presente já pertence aos 4K e o futuro às TVs em 8K.
Alguns serviços de streaming — como Netflix, Hulu e Amazon Prime — já oferecem programação 4K. A PlayStation 5 até já tem conteúdos em 8K.
Tecnologia HDR: um “extra” que vale a pena?
Há duas coisas que influenciam particularmente a qualidade de imagem da TV: o contraste e a precisão das cores. Se colocar duas TVs lado a lado, uma com melhor taxa de contraste e cores mais precisas, e a outra com apenas uma resolução mais alta (mais pixeis), a primeira será sempre preferida pelo espetador. O motivo para isso é porque a imagem no ecrã parece mais natural, realista e sobressai mais, apesar de ter uma resolução mais baixa.
Com HDR — High Dynamic Range, ou Grande Alcance Dinâmico — poderá ver literalmente milhares de milhões de cores diferentes, dando aos cineastas mais cores e tons de preto e branco. Este recurso é, sem dúvida, o próximo passo no entretenimento doméstico e, se possível, é um “extra” em que deve apostar ao adquirir uma TV nova.
3 Tecnologia de display: qual a melhor?
Um ecrã LCD usa cristais líquidos para ligar e desligar os pixeis de forma a revelar uma cor específica. Os equipamentos que usavam esta tecnologia eram retroiluminados com lâmpadas fluorescentes de cátodo frio (CCFLs).
Da mesma forma, um painel LED é um LCD, embora com retroiluminação LED em vez de CCFLs. As TVs de LED são mais finas do que as suas predecessoras e também mais brilhantes.
Uma televisão QLED — tecnologia que já ganhou popularidade no mercado — é uma TV baseada em Quantum dots. Estas tiram partido das muitas características únicas que os Quantum dots oferecem, como a “alta luminância” e cores inigualáveis, vívidas e brilhantes, sendo fatores muito importantes para a qualidade da imagem reproduzida.
O resultado é que a relação de contraste é naturalmente melhorada com maior luminosidade. Estes televisores proporcionam uma qualidade de imagem completamente diferente e uma experiência de visualização mais realista em comparação com televisões sem QLED.
Atualmente, até esta tecnologia já evoluiu para Neo QLED. Os equipamentos pertencentes a esta gama incorporam a mais recente tecnologia de iluminação Quantum Mini LED, mas, sobretudo, utilizam várias outras tecnologias exclusivas Samsung — como, por exemplo, processadores inteligentes de controle de imagem e controlo ponto a ponto de iluminação nas suas dezenas de milhares de pequenos LEDs, para um controle de brilho ainda mais preciso.
As Mini-LEDs usam LEDs muito pequenos (menos de 0,2 mm cada um) para produzir a luz no ecrã. Ao contrário da tecnologia tradicional de LCD retroiluminado, esta usa milhares de pequenas luzes de fundo com LED, para oferecer características de dimerização local muito superiores.
Estes pequenos componentes oferecem pretos mais profundos, taxas de contraste aprimoradas e painéis mais brilhantes.
Outra tecnologia de display é a OLED — Organic Light Emitting Diode —, baseada no facto de cada pixel do ecrã emitir luz própria, tornando desnecessário um sistema de iluminação (backlight) com lâmpadas fluorescentes ou LEDs brancos e dispensando a luz de fundo que ilumina os pixeis usada nos televisores LED.
Como os pixeis podem ser desligados por completo, as TVs OLED são capazes de produzir pretos verdadeiros que produzem taxas de contraste muito melhores e mais detalhes em cenas escuras.
Apesar dos nomes próximos, Mini-LED e Micro-LED são tecnologias bastante diferentes. A primeira baseia-se na tecnologia LCD usando diodos menores para as luzes de fundo. Já a Micro-LED é uma evolução do OLED, usando LEDs individuais vermelhos, verdes e azuis ainda menores e mais brilhantes para emitir luz colorida diretamente. Esta tecnologia tem ainda a vantagem no que se refere a taxa de contraste e pretos mais profundos.
Em jeito de conclusão, recordamos que a tecnologia de display pode estar ou não presente numa TV e é independente da sua resolução. Cada qual tem as suas características.
4 A qualidade sonora é importante?
Para obter uma experiência cinematográfica, abdicar da qualidade do som é impensável. Todas as TVs têm altifalantes embutidos, mas não se comparam com a qualidade sonora que um sistema de som surround consegue projetar.
Se deseja graves profundos, agudos nítidos e som que enche o ambiente, vale a pena apostar numa barra de som. Também apelidados de soundbar, estes aparelhos podem ligar-se ao seu televisor via Bluetooth — a solução ideal para quem não suporta demasiados fios. Dependendo do modelo, podem incorporar o subwoofer. Há de diversos tamanhos e feitios, incluindo compactas para quem tem espaço limitado.
Verifique se a sua TV tem compatibilidade para estes equipamentos e se combina com a soundbar que deseja.
Para elevar ainda mais a sua experiência, aposte numa Tv com Dolby Atmos, que garante som envolvente e de tirar o fôlego, como se estivesse numa sala de cinema. Pode encontrar Dolby Atmos numa variedade de produtos, incluindo TVs e soundbars.
5 Smart TV: quais as vantagens?
As Smart TVs não são o futuro, são o presente! Este equipamento tem inúmeras vantagens, a começar pela ligação wi-fi. São quase indispensáveis numa Smart Home e fazem todo o sentido para quem está a pensar adquirir uma TV nova.
A experiência de utilizador é muito melhor do que em qualquer outro equipamento e a crescente popularidade das Smart TVs permanece como testemunha.
Com o surgimento de serviços de streaming grande parte do que assistimos está online. Assim, ter um equipamento com ligação direta à Internet tornou-se particularmente relevante.
A maioria das Smart TVs já tem pré-instalado algum tipo de aplicações destinada para reproduzir música, seja o Spotify ou o Youtube. Se não for o caso, de certeza que poderá fazer o download da app da sua preferência.
Para além disso, também a pode usar para transmitir vídeos dos seus equipamentos para a TV. Atualmente, grande parte do que fotografamos e filmamos está no nosso smartphone. Quando queremos partilhar ou mostrar a alguém esses conteúdos, o que poderá ser melhor do que exibir num ecrã grande como a sua TV?
Da mesma forma, pode ter usar a sua Smart TV para fazer chamadas de vídeo ou videoconferências. Pode fazer o download de uma aplicação para isso, como o Skype, ou mesmo através do Messenger do Facebook, para falar com outra pessoa diretamente do conforto do seu sofá.
Apesar de nem sempre ser um recurso pré-instalado, a grande maioria das Smart TVs têm controlo de voz. Se está particularmente cansado ou a sentir-se simplesmente preguiçoso, comande a sua TV simplesmente com a sua voz.
6 Há design diferenciador?
À medida que as TVs foram ficando maiores, também se justifica um maior empenho na componente visual de enquadramento na casa. Mais do que parte de um sistema de entretenimento, os televisores tornaram-se verdadeiras peças de design, que elevam o ambiente da divisão onde estão inseridos.
Cabos escondidos tão bem que se tornam impercetíveis, molduras muito finas e alguns destes equipamentos até simulam quadros ao disporem de um recurso que apresenta uma imagem à sua escolha enquanto a TV está desligada.
A moldura é cada vez mais reduzida para que nada distraia o espetador do conteúdo apresentado, o qual é, desta forma, ainda mais envolvente. Assim, o design não é um aspeto a descurar na escolha de uma TV nova.
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