/

6 questões que deve colocar antes de adquirir uma TV nova – parte I

6 questões que deve colocar antes de adquirir uma TV nova - parte I Adquirir uma TV nova não tem de ser um processo complicado se tiver algumas noções das características a que deve estar atento, de forma a tomar uma decisão de compra informada. Neste guia muito completo encontrará toda a informação que precisa.

Se conceitos como “resolução” e “taxa de atualização” são-lhe completamente desconhecidos, este artigo é para si. É certo que as TVs evoluíram bastante e há vários termos que nem existiam há uns anos, pelo que pode sentir-se perdido. Vamos expor os conceitos principais que tem de conhecer e em breve estará com o seu equipamento novo em casa.

 

O que ponderar antes de adquirir uma TV nova

1 Há um tamanho ideal de TV?

Antigamente, a distância a que nos sentávamos do televisor determinava o tamanho que deveríamos comprar para uma determinada divisão. Numa sala de estar, por exemplo, podíamos sentar-nos entre 3 a 6 metros de distância, o suficiente para não se notar a diferença entre 720p e 1080p.

Já nos dias que correm, com o aumento da densidade de pixels, não precisamos de nos distanciar tanto da TV para ver a imagem mais nítida. Com o avançar da tecnologia, o tamanho em média dos televisores aumentou quase 13 centímetros entre 2015 e 2018.

Atualmente, a tecnologia com a qual as TVs são fabricadas permite ao espetador sentar-se perto do aparelho sem que isso afete a qualidade de imagem. No entanto, isso não significa que deva sentar-se o mais perto possível, antes pelo contrário: à distância certa terá uma experiência muito melhor e estará a contribuir para a sua saúde ocular.

Escolher o tamanho de TV ideal para a divisão onde pretende localizá-la não é uma questão de medir a altura e a largura do espaço onde a vai colocar, mas sim a distância em relação ao ecrã. Para encontrar essa distância ideal siga esta equação (que na verdade é apenas uma simples divisão):

Distância de visualização da TV​ / 2 = Tamanho recomendado da TV​

Não se esqueça de usar a mesma unidade de medida nas duas variáveis, ou seja, os tamanhos dos televisores costumam ser indicados em polegadas, o que significa que a distância também tem que ser medida em polegadas.

Comece por medir a distância entre o local onde se vai sentar para usufruir da TV — o sofá ou a poltrona, por exemplo — e o espaço onde a TV estará. Digamos que a distância é de aproximadamente 3 metros. Convertendo esse valor, estamos a falar de 118 polegadas. A equação indica que deve começar por dividir 118″ por 2, o que dá 59 polegadas. Assim sendo, é esse o tamanho indicado da TV para si.

2 Resolução: quanto maior, melhor?

Um pixel é um dos milhões de pequenos quadrados que formam uma imagem no ecrã. A resolução de uma TV é o número de pixels dispostos verticalmente (altura) multiplicados pelos exibidos horizontalmente (largura). Quanto mais pixels uma TV tiver, mais nítida e realista será a imagem.

Casal de perfil a aperciar a sua TV com barra de som

Assim, poderíamos dizer-lhe simplesmente que quanto maior a resolução, melhor a qualidade de imagem, o que é verdade, mas isso não quer dizer que tenha necessariamente de adquirir a maior resolução que existe. O que acontece é que nem sempre o conteúdo exibido no ecrã foi desenvolvido para suportar essa resolução.

Não vale a pena comprar um carro de corrida para apenas se deslocar uns poucos quilómetros no meio do trânsito citadino. O mesmo se passa com os televisores: não adianta a sua TV nova ser 8K se ainda são poucos os conteúdos sequer em 4K. Já para não falar de que os aparelhos em Full HD não estão desatualizados.

Alguns serviços de streaming — como Netflix, Hulu e Amazon Prime — já oferecem programação 4K. Uma vez que esta resolução tem potencial para uma imagem muito mais nítida e com o evoluir permanente da tecnologia este pode ser um bom investimento para o presente e para o futuro.

3 Tecnologia HDR: um “extra” que vale a pena?

High Dynamic Range, ou Grande Alcance Dinâmico, expande significativamente o alcance tanto do contraste da imagem como da cor. As partes brilhantes da imagem podem ficar muito mais brilhantes, o que tem como consequência uma imagem com mais profundidade.

Há duas coisas que influenciam particularmente a qualidade de imagem da TV: o contraste — o quanto se distingue entre pretos, cinzentos e o branco — e a precisão das cores — a proximidade das cores do ecrã à vida real ou à paleta que o diretor pretenda.

Se colocar duas TVs lado a lado, uma com melhor taxa de contraste e cores mais precisas, e a outra com apenas uma resolução mais alta (mais pixels), aquela com maior taxa de contraste será sempre preferida pelo espetador. O motivo para isso é porque a imagem no ecrã parece mais natural, realista e sobressai mais, apesar de ter uma resolução mais baixa.

6 questões que deve colocar antes de adquirir uma TV nova - parte I

Com HDR poderá ver literalmente milhares de milhões de cores diferentes, dando aos cineastas mais cores e tons de preto e branco. Esta tecnologia está definida para mudar a maneira como vemos cores e detalhes nas nossas casas.

A qualidade da imagem da TV é definida pela sua resolução, ou seja, o número de pixels no ecrã. Atualmente, as melhores resoluções disponíveis no mercado são as 4K e 8K. O HDR aprimora a qualidade dos muitos pixels existentes nestes equipamentos televisivos para que desfrute do detalhe destas resoluções com cores, contraste e detalhes ainda melhores.

As TVs HDR oferecem milhões de cores. Os vermelhos são mais ousados, os verdes mais fortes e os azuis mais profundos. As cores contrastantes são tão precisas e renderizadas com nitidez que irá apreciar cada pequeno detalhe, desde as folhas nas árvores, até a um fio de cabelo. Da mesma forma, os brancos são mais brilhantes e os pretos mais profundos.

O High Dynamic Range é, sem dúvida, o próximo passo no entretenimento doméstico e, se possível, é um “extra” em que deve apostar.

 

Este artigo tem continuação, a qual poderá ser encontrada aqui:
6 questões que deve colocar antes de adquirir uma TV nova – parte II

 

// RPT

Mais recentes